MEDO: Com ameaça de massacre, escola de Sinop-MT suspende as aulas

MEDO: Com ameaça de massacre, escola de Sinop-MT suspende as aulas

  • 05/04/2019 14:42
  • Redação/Assessoria

Mais uma escola de Mato Grosso suspende suas atividades em decorrência de ameaça de terrorismo pré-anunciado via redes sociais. Dessa vez, a Escola Estadual Edeli Montovani, de Sinop, suspendeu suas atividades em decorrência de ameaças de um massacre – marcado para acontecer na data de hoje, sexta-feira (5).

 

De acordo com o diretor da instituição, Ronaldo Teodoro, as ameaças começaram no dia 18 de março – 5 dias após o massacre na Escola de Suzano, no interior paulista, que repercutiu em todo país. Conforme o diretor, as mensagem agressivas, enviadas via WhatsApp para professores e alunos da comunidade escolar anunciavam um massacre “em obediência ao superior hierárquico”, denominado por um codinome composto por uma abreviação e um número. “Por várias vezes comunicamos as autoridades de segurança e buscamos apoio. Não obtivemos uma resposta satisfatória”, denuncia o diretor.

 

Com a ameaça circulando nos corredores da escola e a data do prometido massacre se aproximando, começou a cair significativamente a frequência escolar dos alunos. Segundo o diretor, nas últimas semanas o índice de alunos que não foram à escola chegou a 50%. “Um certo pânico foi instaurado”, revela.

 

O pavor levou a comunidade escolar a suspender as aulas na data de hoje, como medida preventiva.

 

A Escola Edeli Montovani conta com 21 salas de aula e agrupa 2,3 mil alunos em seus 3 turnos.

 

CONHECIMENTO BARRADO PELO TERROR

Na semana passada a Escola Estadual João Olímpio Pissinatti , em Sinop, suspendeu suas aulas em função de uma ameaça externa. Uma mulher, com sinais de transtorno psicológico começou a ameaçar alunos da instituição, chegando a invadir a escola com um facão. O medo levou pais a deixarem seus filhos em casa. Em pânico, a comunidade pediu ajuda para polícia, prefeitura, Ministério Público e até uma entidade que faz a reabilitação de dependentes químicos. Nenhuma medida mais severa foi tomada.

 

Ontem, quinta-feira (4), a Escola Estadual 13 de Maio, em Sorriso, também registrou um tumulto em função de uma ameaça de massacre. O pânico foi instaurado a partir de uma mensagem de WhatsApp que circulou junto da comunidade escolar.

 

Nas mensagens, um adolescente sugeria levar rojão, facas e facões para a escola. Cinco alunos do período noturno - de 16 e 17 anos - teriam tentado “dar um susto” nos colegas. “É uma brincadeira de uns adolescentes que fizeram isso para assustar os colegas”, afirmou o delegado que conduziu o caso.

 

O delegado disse ainda que os estudantes trocaram o nome de um grupo de trabalho da disciplina de Educação Física no aplicativo para “Gp do massacre 13 de maio”. Depois, começaram a mandar mensagens “planejando” o atentado. O print passou a circular nas redes e chegou até a direção da escola nesta madrugada.

 

Após a histeria, as atividades foram normalizadas ainda na tarde de ontem.

 

  • Fonte: Jamerson Miléski