Empresário mandou PM matar enfermeira para não dividir bens

Empresário mandou PM matar enfermeira para não dividir bens

  • 10/10/2019 17:22
  • Redação/Assessoria

A enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, foi espancada e asfixiada até a morte pelo marido, o empresário Ronaldo Rosa, dentro do carro na porta da casa do casal. A informação foi confirmada pelo delegado Carlos Eduardo Muniz da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) como parte do depoimento dado pelo policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, 26, suspeito de ocultar o corpo da mulher.

 

Zuilda foi dada como desaparecida no último dia 28 de setembro, sendo encontrada morta num poço, numa região de mata, em Sinop.

 

Em coletiva de imprensa, o delegado reafirmou quer a prisão do Polícia Militar afastado envolvido no crime já foi decretada. Ele também revelou que, segundo o PM, Zuilda estava no carro com o Ronaldo e que quando chegou, o empresário já agredia a esposa violentamente.

 

Houve uma luta corporal e a enfermeira chegou a lutar contra o marido para tentar sobreviver. A participação do policial teria sido em segurar a enfermeira para que o empresário a asfixiasse até a morte. Em seguida, o PM ocultou o corpo da vítima.

 

“Ele disse que a ideia inicial era apenas dar um susto na vítima, simulando uma tentativa de roubo, porém, a situação saiu do controle e eles acabaram matando a vítima”, informa o delegado.

 

O empresário Ronaldo Rosa é considerado foragido da polícia.

 

MOTIVAÇÃO

Nesta quarta-feira, a TV Centro América revelou uma possível motivação para o crime. De acordo com a afiliada da Rede Globo, Ronaldo Rosa estava disposto a se separar da esposa.

 

Todavia, ele não queria dividir o patrimônio com a enfermeira no processo de separação. Recentemente, o casal teria recebido uma grande quantia em dinheiro e Ronaldo pretendia ficar com todo o valor.

 

Diante disso, ele queria “dar um susto” em Zuilda, com apoio do policial militar.

 

Policiais ainda apuraram que Ronaldo deixou a cidade de Sinop quatro dias após o sumiço da esposa. Antes, porém, ele comprou um carro “a vista”.

 

O SUMIÇO

Zuilda desapareceu desde a noite do dia 27 de setembro. O marido chegou a ir até a delegacia para registrar o sumiço da esposa e alegou que teria encontrado a caminhonete dele, uma SW4 com vestígios de mancha de sangue e mechas de cabelo.

 

A Polícia Militar iniciou diligências e a Polícia Civil deu seguimento às investigações.

 

  • Fonte: Folha Max