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- 12/09/2024 12:30
- Redação/Assessoria
O famoso "mau jeito" pode ter sido o motivo pelo qual Marcelo, lateral-esquerdo da Seleção, deixou o campo no início do jogo do Brasil contra a Sérvia nesta quarta-feira (27). O nosso camisa 12 apresentava claros sinais de dor aguda -- como bem demonstra a imagem acima -- mas a recuperação deve ser rápida, avalia ortopedista.
De modo geral, a depender do "mau jeito", doi muito e assusta, mas não há motivo para grandes preocupações em uma pessoa sem uma doença prévia. Essa é a avaliação de Ricardo Munir Nahas, médico do esporte, ortopedista e chefe do Centro de Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho (SP).
"É uma especulação, mas conhecendo quem está lá, e o fato de ter sido no início do jogo, ele deve ser recuperar bem" -- Ricardo Munir Nahas.
Quando Marcelo deixou o campo, a CBF divulgou tratar-se de um "espasmo na coluna", uma contração involuntária do músculo.
O ortopedista explica que, pela característica do espasmo, o evento se assemelha ao famoso "mau jeito" -- condição comum em áreas muito acionadas para o movimento, como as regiões do pescoço e da lombar.
Com o tratamento adequado, explica Nahas, recuperação total começa a ocorrer em dois dias. De fato, Marcelo disse que "em pouco tempo estará de volta" em tuíte em que comemorou a vitória contra a Sérvia na quarta-feira (27).
Por que o mau jeito ocorre?
No "mau jeito", explica Nahas, o músculo se contrai para proteger a articulação. "É um aviso para que o movimento seja interrompido. Não dá mais para se mexer, não dá para jogar. É aí que as pessoas mancam, não conseguem mais rotacionar a coluna, etc.."
O mau jeito pode ocorrer, segundo o especialista, em situações em que o cérebro envia dois comandos simultâneos e contraditórios ao músculo em um curto espaço de tempo.
Nesse tipo de mau jeito, o caso pode ser mais grave, com o rompimento do músculo.
"Suponhamos que você ia chutar a bola, mas chega alguém e corta. O cérebro, então, muda o comando e você deve desistir de chutar."
"São duas ordens quase simultâneas: 'chuta e não chuta'. Essa contradição faz com quê o músculo não fique alinhado à ordem. Isso pode dar o famoso mau jeito e travar tudo" - Ricardo Munir Nahas.
Medicamentos controlam a dor, mas repouso é necessário
Não há muito como evitar esse tipo de espasmo, que pode ocorrer com qualquer um. "A não ser que ele ocorra repetidamente. No caso de um escritório, por exemplo, é preciso analisar o mobiliário", diz.
O tratamento é feito com o controle da dor: relaxante muscular, analgésico ou anti-inflamatório aliviam o desconforto imediato -- como foi feito com o Marcelo assim que a dor surgiu.
"O controle da dor, no entanto, deve ser aliado a um período mínimo de repouso para que o espasmo não vire uma lesão", conclui o especialista.