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- 12/09/2024 12:30
- Redação/Assessoria
Diesel, etanol e gasolina chegam em pequenas quantidades para a maioria dos postos
Aos poucos a cidade de Sinop começa ser reabastecida com combustível. Após 10 dias de rodovias bloqueadas em todo país, a maioria das revendas em Sinop ficam sem combustível. A conta gotas, diesel, etanol e gasolina chegam aos postos na tarde dessa sexta-feira (1).
De acordo com Aparecido Granja, proprietário de uma rede com 5 postos em Sinop, as bases que abastecem a região Norte do Estado já receberam uma quantidade significativa de combustível. “Hoje, nas bases das principais bandeiras em Sinop, os caminhões estão sendo carregados. A previsão é de que na parte da tarde a maioria dos postos tenham combustível”, afirma Granja.
Conforme o empresário, Mato Grosso não ficou totalmente desabastecido porque parte do combustível chega por modal ferroviário. As bases primárias, estabelecidas na capital, possuem estoques e, com a liberação dos bloqueios nas rodovias, o combustível começa ser enviado para as bases secundárias. “As bases de Sinop atendem os municípios de Lucas do Rio Verde à Guarantã do Norte. Seus estoques serão distribuídos de forma fracionada, para atender o maior número de postos possível”, explica Granja.
Na manhã desta sexta-feira, alguns postos reabriram as bombas, a maioria com etanol. Segundo Jonas de Paula, proprietário do Posto Trevão, sua unidade contava na manhã dessa sexta com um estoque de 10 mil litros de álcool. “A previsão é de que receberemos gasolina hoje a tarde”, comentou.
Desespero e normalização
Segundo Granja, o desespero da população agravou a situação do desabastecimento. O empresário acredita que se o consumo não tivesse sido intensificado da forma que ocorreu, ainda haveria combustível na cidade. “Eu recebi um carregamento com 21 mil litros de combustível na quarta-feira (30). Durou 4 horas”, revela Granja. Ou seja, o posto abasteceu 1,45 litro por segundo.
Para o empresário, esse pânico que se instalou no consumidor não interessa aos donos de postos de combustível, que acabam atendendo de forma precária seus clientes. O desespero também prejudicará a normalização do abastecimento. Granja acredita que, se não houverem mais bloqueios ou empecilhos, em 10 dias a situação volte ao normal. “Se a greve pré-anunciada pelos petroleiros tivesse prosperado, paralisaria a refinaria e provocaria novos desabastecimento”, comenta Granja.
A recomendação do empresário é para que a população de Sinop não se desespere. Quem tiver calma conseguirá abastecer sem encarar quilométricas filas.